sábado, 8 de março de 2014

Todo o dia é (nosso) dia


Hoje, eu pensei em diversas coisas sobre como é ser mulher. E me perguntei quem é essa nova mulher? E como equilibramos tantas tarefas?
E pesquisando encontrei este texto incrível da Sandra Lia R. Franco, que compartilho com vocês. Vale a pena ficar de olho nele. 

Todo dia é seu dia

Quem é essa mulher que acorda cedo e sai para o trabalho? Quem é essa mulher que trabalha incansavelmente em sua própria residência? Quem é essa mulher que trabalha fora, chega em casa e continua trabalhando? Afinal, quem é essa mulher? Não importa qual o seu destino, seu "estilo" de vida, importam, sim, os diversos papéis que essa mulher desempenha ao longo de sua existência.
É essa mulher que acorda e, para o café da manhã, veste-se de mãe, de esposa, tendo sempre em mente o que fará durante o dia, seja em casa, na rua ou no trabalho, delineia o seu dia numa fração de segundos. Termina o café e muda novamente de papel; assume, então, o papel de dona de casa, de executiva, de mãe, de empresária, de motorista dos filhos, de profissional liberal etc.
Se há uma reunião na escola das crianças, é ela quem deverá ir, pois é a mãe, e a mulher; mesmo quando o casal trabalha fora, não há diferença, "ela estará lá". Se adoece um dos filhos, provavelmente "ela" o levará ao médico, pois "ela" tem mais jeito, é ela quem geralmente se lembra de pequenos e importantes detalhes da infância... Se houver uma festinha no fim de semana, "ela" providenciará a lembrancinha e fará os arranjos necessários para que todos estejam adequadamente vestidos para representar a família.
Termina o dia. Todos voltam para casa e "ela", mais uma vez, muda de papel; agora vai tentar ser a professora dos filhos, é o momento da famosa lição de casa... e ela se irrita, fica nervosa, preocupa-se com o amanhã.
Chegou a hora do jantar... e, mais uma vez ela precisará assumir o papel de dona de casa, de mãe: "Você não se alimentou bem, precisa parar de comer besteira, tem que comer um pouco de verdura... É por isso que você vive com sono, está fraco, precisa se alimentar". Assume também o papel de esposa: "Você tem chegado muito tarde, parece cansado".
Anoitece. E essa mesma mulher assumirá outro papel: não poderá ser a mãe atenta e preocupada, não poderá ser a dona de casa exausta, não poderá ser a profissional eficaz, seu papel agora é diferente: transforma-se em amante de seu próprio companheiro; estará um pouco cansada talvez...
Durante a noite, dorme, descansa, porém estará sempre alerta ao menor ruído na casa: Será um filho chorando? Talvez seja o mais novo, seu pequeno adolescente que brigou com a namorada e não consegue dormir... Será que os mais velhos já chegaram? Estão todos em casa? Pode dormir sossegada? Fecha os olhos e, por vezes, se questiona: "Tenho dado atenção suficiente ao meu marido, aos meus filhos? E se meu filho não passar no vestibular? Como vou me desculpar no serviço, é a segunda vez que me ausento para levar um filho ao médico, mas eles são tão pequenos! E meu marido, ele anda tão calado, será algum problema de saúde? Amanhã, sem falta, vou marcar um consulta para ele também... E o meu novo projeto, será aprovado na empresa? Ah... preciso estar em casa antes das 19h00, é que mandei lavar a cortina da sala... Será que vai dar tempo?
Quantas perguntas ela se faz constantemente, quantas cobranças... Quantos papéis são assumidos diariamente por essa mulher? Quantas vezes ela estará apta a mudar de um papel para outro sem que este interfira negativamente naquele? Enfim, que é este "ser" que oscila entre as mais diversas autoridades e as submissões do seu dia-a-dia? Que imensa complexidade é esta mulher!
De geração em geração, de gestação em gestação, ela renasce e caminha lentamente. Com delicadeza e sensibilidade, porém firme em seus propósitos e perspicaz em suas observações ela vem, gradativa e adequadamente, se fortalecendo e abrindo novos horizontes.
E março foi o mês do aniversário dela. Não foi apenas um simples aniversário, foi o mês do DIA INTERNACIONAL DA MULHER, o dia da menina, da garota, daquela que trabalha fora, da dona de casa, da mãe, da esposa, enfim, daquela que sente orgulho de ser simplesmente MULHER. Vamos todos comemorar o dia dela. Porque todo dia é DIA DA MULHER.


Sandra Lia R. FrancoPsicóloga Clínica/OrganizacionalFonte: Federação Nacional de Secretários e Secretárias (www.fenassec.com.br) 

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