Retrospectiva

As duas últimas semanas foram complicadas, deixei todos vocês abandonados, mas como a maioria dos leitores sabe continuo correndo atrás do meu tratamento de saúde. Agora as coisas estão encaminhadas e vou poder estar mais presente novamente, e de olho no nosso cenário político.

Entre as idas e vindas ao hospital acompanhei nos noticiários a situação de guerra que o Rio de Janeiro viveu, engraçado que semanas antes em contato com um grupo de moradores do Complexo do Alemão eles contaram que os traficantes falaram que não iam deixar barato.

A discussão sobre a situação atual na comunidade, que foi um dos palcos de batalha, aconteceu em Curitiba logo após ter assistido a Tropa de Elite 2, estávamos hospedados no mesmo hotel, e pude ouvir deles a esperança de que se desse logo à invasão.

A previsão estava certa, eles iniciaram a guerra e a tomada da comunidade se deu, em meio à alegria sou uma das que continua em dúvida da lisura das ações, me pergunto várias vezes onde foram parar os traficantes. Gostaria de estar errada de que a polícia (bandida) possa ter acobertado a fuga deles.

Mudando de cenário nossa política parece estar em guerra também, a indicação dos ministérios da presidente eleita Dilma Rousseff (PT) parece uma batalha, o PMDB quer mais, ela quer controlar a estrutura. E a situação anda tão complexa que teve até ministro desconvidado.

Todo mundo quer um pedacinho de chão em Brasília, todos os partidos da base aliada querem seu espaço, e ela já mandou o recado “Quem escolhe aqui sou eu”, mas será?

Seis dele já estão com seu território garantido, são eles o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci na Casa Civil, o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, na Secretaria Geral da Presidência, e o deputado federal José Eduardo Martins Cardozo no Ministério da Justiça, e na equipe econômica Guido Mantega (que permanece na Fazenda), Miriam Belchior (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central).

Enquanto eles continuam a batalha, nós vamos ficar de olho.