Para pressionar a aprovação do projeto “Ficha Limpa” que impossibilita pessoas condenadas judicialmente a concorrer a cargos eletivos, chegaram a reunir aproximadamente 4 milhões de assinaturas de pessoas favoráveis ao projeto.
Ampla divulgação se deu na mídia da aprovação do projeto no Senado, o twitter foi o palco de postagens comemorando, e de mensagens de agradecendo aos senadores que votaram.
O que parecia ser um marco histórico já conquistou uma mancha, uma emenda que altera o tempo verbal de algumas frases, seria uma tentativa de burlar e manter algumas candidaturas, pois no trecho que falava “tenham sido” para os “que forem”.
Os especialistas podem até questionar que isso não poderia interferir nas decisões dos juízes responsáveis por futuros casos, mas é óbvio que políticos já condenados questionariam para manter suas candidatura, alegando que o texto diz “que forem”. Na dúvida muitos fichas sujas conseguiriam na justiça o direito de disputar as eleições.
Ontem o Senador Álvaro Dias (PSDB-PR) comentando no twitter essa emenda sugeriu que o presidente Lula vete e mantenha o texto original.
Todos nós temos que ficar de olho, ou veremos o projeto “Ficha Limpa” sendo sancionado de forma que muitos consigam driblá-lo nos tapetões da justiça. Que não seja o Ficha Limpa= Atitudes Sujas.
5 comentários:
O SENADOR DORNELLES NEGA QUE SUA ATITUDE FOI PARA BENEFICIAR DO SEU COMPANHEIRO DE PARTIDO O DEPUTADO MALUF. MAS BEM QUE O SENADOR DORNELLES, PODERIA TER FICADO NA HISTÓRIA, COMO BENFEITOR DE UM TEXTO CLARO E LÍMPIDO DE UMA LEI APROVADA PARA O BEM DA DEMOCRACIA NO BRASIL.
Meu comentario é muito semelhante ao do Isaac. então vou aproveitar para parabeniza-la por mais esta porta de resistencia e militancia por um país melhor.
Os politicos nacionais ainda estão acostumados a fazer policas a portas fechadas.
mas nós somos provas de que um novo tempo se avizinha...politica em tempo real é a nova maneira: transparente, objetiva e singular.
Souquemsou2
Para que usar condição? O projeto inicial já a usava ao expressar "os que tenham sido" (particípio passado). Dornelles inventou o "os que forem" (futuro do conjuntivo). Bastava expressar apenas "os condenados" que abrangeria todos os tempos. Só tem malandro.
Belo texto Cintia, esclarece muito. Pequenas mudanças podem causar interpretações que façam com que o objetivo principal seja passivo de julgamento favorável ao interesse dos políticos corruptos. ESTAMOS DE OLHO!!!
http://www.correntemoral.blogspot.com/
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